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Ana Patrícia Barbosa*; Helena Vieira**; Rosa Carvalhal**

*Santa Casa da Misericórdia de Angra do Heroísmo

**Escola Sup. Enf. Angra do Heroísmo – Universidade dos Açores

 

O envelhecimento demográfico e a institucionalização do idoso é uma realidade nas sociedades ocidentais, pelo que a compreensão de formas de melhor cuidar desta população, constitui uma necessidade e desafio. Simultaneamente, as UPP constituem um grave problema de saúde, cujos idosos são dos mais atingidos.

Partindo da realidade evidenciada nestes pressupostos, desenvolveu-se um projecto de investigação-acção num centro geriátrico, partindo da questão de investigação: Qual a prevalência das UPP num Centro Geriátrico? Os objectivos são: – Identificar a taxa de prevalência das UPP; Identificar o grau de risco de UPP; Identificar as medidas preventivas mobilizadas, cuja população são os idosos deste Centro Geriátrico, que correspondeu a 63 idosos, com idades entre 69-103 anos, dos quais 68,25 % são do sexo feminino. Tinham doença crónica, 65.25 % e 31,75 %, alta dependência nas AVD.

O instrumento de colheita de dados a Escala de Braden, adoptada pelo grupo ICE e o programa SPSS para o seu tratamento.

Os resultados revelaram um risco elevado de UPP, 49,21 % idosos e baixo em 50,79 %.

Nesta população, 79,36% tinham limitações de mobilidade; 92,06 %, limitações na actividade; 92, 06% risco real ou potencial de sofrerem pressão, fricção e forças de cisalhamento; 7,94% estavam expostos à humidade; 23, 81% tinham alterações da percepção sensorial e todos tinham um regime alimentar adequado.

Tinham UPP, 17, 46%, dos quais, 52,73% de categoria IV; 26,32 % de categoria III; 15, 79% de categoria II e 5, 26% de categoria I. A localização predominante foi: o calcâneo (42,11%), a região sacrococcigea (31,58%) e os trocânteres (15,79%).

A taxa de prevalência de UPP foi de 17,46 %. Os factores de risco presentes: fricção e forças de deslizamento, 96,06 %; limitação grave da actividade, 62,54 %, limitação grave da mobilidade, 42,86 % e deficit sensorial grave, com 23,81 %.

Relativamente às medidas de prevenção das UPP observou-se a ausência de planeamento sistematizado de posicionamentos na cama e cadeira e equipamentos de prevenção insuficientes ou desadequados, em 82,54 % dos idosos; no tratamento os produtos e materiais de penso estavam desadequados desadequados e sem critérios de aplicação.

Estes resultados apontam para necessidade de formação e mudanças das práticas dos enfermeiros, que foi realizado e criado o observatório de monitorização da incidência de UPP em curso.

Francisco J. Hernández-Martínez*, Juan F. Jiménez-Díaz*, M. Pino Quintana-Montesdeoca*, Bienvenida C. Rodríguez-de-Vera*, Teresa Espírito-Santo**, Rodrigo Chacón-Ferrera*, Pablo Hernández-Marrero*, Alba García-Caballero*, M. Luisa Estévez-García*, M. Ángeles Ferrera-Fernández*, Eduardo Navarro-García***

* Departamento de Enfermería – Universidad de Las Palmas de Gran Canária

** Centro de Competencias  – Universidade da Madeira

*** Universidad de La Laguna

Smoking is the leading and avoidable cause of premature death. Since the entering of women into paid work, there has been a radical transformation of female smokers and the social perception of smoking among women. Among adolescents, smoking is one of the main problems of public health systems in developed countries. There is a false myth that associates thinness with the act of smoking. This belief is so widespread among adolescents, that they start smoking because of their worries about weight, leading to  eating disorders in young girls.

 In this study, we have analyzed the risk factors that influence the onset and subsequent addiction to smoking among adolescents from 12 to 16 in a Secondary School of Arrecife, Lanzarote. We did it through a personal, anonymous and semi-structured interview, conducted between January and February 2012.

 The average age of the sample (n = 101) was 13.03 years. Among girls, 41% was smoker, 30% current smoker and 11% smoked occasionally. 24% of boys smoked (14% and 10% occasionally on weekends). Among young girls, it was found a close relationship (93%) between thinness and smoking, 45% think that weight control was a good reason for diets, start smoking and continue smoking. For male adolescents, generally, thinness is not related to smoking. Female adolescents associated smoking with the projected maturity values, femininity and distinction in the group of friends, believing that the body model prevailing in our society corresponds to a stylish and slim figure. Therefore, we concluded that adolescent smokers use smoking as a way to control weight, especially among females, and that it may generate a variety of behaviours related to social factors.

Fins, Manuel Luís Escórcio*

*Hospital Santo Espírito de Angra do Heroísmo, EPER

As doenças da coluna estão cada vez mais associadas ao estilo de vida moderno. O stress, o mau posicionamento no trabalho, o excesso de cargas e o sedentarismo são grandes causadores de alterações na coluna.

Estudo realizado por uma empresa privada em colaboração com as Sociedades Portuguesa de Patologias da Coluna (SPPC); de Ortopedia e Traumatologia (SPOT) e de Neurocirurgia (SPNC), apresentado a 15 de Outubro de 2009, refere que mais de 70% da população nacional sofre de dores das costas, e que já obrigaram 31% dos portugueses a pedir baixa médica pelo menos uma vez na vida. Em 2008 mais de 421 mil portugueses faltaram ao trabalho por causa de dores nas costas.

Com o inicio da valência da neurocirurgia/cirurgia à coluna no Hospital de Santo Espírito de Angra do Heroísmo, houve a necessidade da criação de um projecto de trabalho na área da reabilitação. A aplicabilidade do projecto de enfermagem de reabilitação ao cliente submetido a cirurgia à coluna teve início em Março de 2010. A cada cliente foi aplicado um questionário com perguntas fechadas. Os dados obtidos correspondem ao universo de 32 clientes reabilitados no mesmo ano. A exequibilidade do projecto engloba um conjunto de objetivos, indicadores e metas a atingir. No final verifica-se que 78% dos clientes apresentam-se muito satisfeitos relativamente ao resultado final, 50% dos clientes apresentam um resultado muito melhor após a realização da reabilitação, 100% voltaria a fazer reabilitação, há uma diminuição 20% do consumo de terapêutica analgésica e 93% aderiram ao programa

A pertinência em abordar este trabalho prende-se pelo facto de ser um projecto novo, exequível e de ser um problema actual a nível mundial.

Timothy Lima*; Maria Jimenez**; Sandra Pereira*

*Universidade dos Açores-Escola Superior de Enfermagem de Angra do Heroísmo; **Universidad Rovira i Virgili – Tarragona

Os cuidados paliativos consistem na assistência proporcionada pelos serviços de saúde no sentido de aliviar os sintomas, particularmente a dor e o sofrimento, às pessoas sem perspectiva de cura e com uma expectativa de vida limitada. Este tipo de cuidados dirige-se primordialmente a pessoas em fase terminal de vida, pese embora poderem ser igualmente providenciados em outras fases da doença, e então a par de medidas com intencionalidade curativa.

Baseado em muitos estudos feitos, existem lacunas no ensino pré-graduado em enfermagem na área dos Cuidados Paliativos. Muitos enfermeiros e estudantes têm dificuldade em lidar com a morte e referem ansiedade e falta de preparação em cuidar pessoas em fase terminal. A maior parte dos cursos de estudos conducentes ao grau de licenciado em enfermagem não cumprem as recomendações da EAPC e da APCP para a formação destes profissionais na área dos cuidados paliativos, em particular em termos de conteúdos programáticos e carga horária.

Tendo em conta essas recomendações, pretende-se desenvolver um projecto de investigação subordinado ao tema Implementação de um programa de formação em Cuidados Paliativos no ensino pré-graduado em Enfermagem.

Pretende-se, deste modo, estudar o impacto de um programa de formação em Cuidados Paliativos no Ensino Clinico de Cuidados de Enfermagem ao Adulto e ao Idoso com problemas médico-cirúrgicos do 2ºano, 3º Curso de Equivalência ao Grau de Licenciatura em Enfermagem da Escola Superior de Enfermagem de Angra do Heroísmo, investindo desta forma na formação dos estudantes de enfermagem sobre cuidados paliativos, de modo a assegurar que os futuros enfermeiros sejam capazes de garantir uma boa prestação de cuidados às pessoas em fase terminal de vida e seus familiares.

Luís Miguel Salvador Machado Gomes*
*Escola Superior de Enfermagem de Angra do Heroísmo – Universidade dos Açores

A presença como cuidado de enfermagem é apresentada na literatura como uma competência dos enfermeiros. Consiste num processo que se desenvolve e materializa num encontro entre enfermeiro e utente. Sendo o cerne de uma relação é no contexto de prestação de cuidados de enfermagem de saúde mental e psiquiátrica que possui maiores singularidades. É um conceito pouco delimitado e apesar do desenvolvimento da disciplina não existe investigação suficiente para responder à questão de investigação: Como se desenvolve a presença como cuidado, na relação enfermeiro/utente em contexto psiquiátrico?
Tinha-mos como objectivos, compreender o processo de desenvolvimento da presença como cuidado; compreender o significado da presença como cuidado para enfermeiros e utentes e desenvolver uma teoria substantiva sobre a presença como cuidado em contexto psiquiátrico.
É um estudo qualitativo utilizando a metodologia da Grounded Theory e decorreu num serviço de agudos de uma instituição de internamento na área da psiquiátrica. Os informantes foram um grupo de utentes e de enfermeiros. As técnicas de colheita de dados foram a observação participante, a entrevista e a análise documental. A análise e tratamento dos dados foram efectuados através das comparações constantes e da amostragem teórica. O trabalho indutivo permitiu-nos elaborar proposições referentes ao compromisso de presença.
O compromisso de presença favorece o cuidado de enfermagem através do acolhimento hospitaleiro, promove a gestão do cuidado e permite o desenvolvimento de um cuidado singular.
O compromisso de presença significa o conjunto de actividades que envolvem a gestão do internamento entre a permanência do cuidado e a consciência partilhada entre enfermeiro e utente.

Cynthia Ann Alves*

*Unidade Local de Saúde da Ilha do Pico – Centro de Saúde das Lages

O estudo visa compreender a experiência de cuidar a pessoa idosa em situação de fim de vida no domicílio na perspectiva dos diversos intervenientes: família com o papel de cuidadores informais, outros familiares, e profissionais de saúde que acompanharam o processo.

O presente estudo de caso consiste na experiência de uma família e de profissionais de saúde no acompanhamento e cuidado de uma pessoa idosa em situação de fim de vida no domicílio, nos Açores.

Para a obtenção dos dados, foram utilizados vários instrumentos: entrevistas aos familiares cuidadores da pessoa idosa em fim de vida no domicílio, entrevistas aos profissionais de saúde que acompanharam o caso, relatos experienciais escritos de outros familiares, processo clínico da idosa em situação de fim de vida, diário do cuidador informal e testemunho do marido (cuidador principal).

As principais conclusões apontam para os seguintes aspectos:

A pessoa idosa em situação de fim de vida no domicílio apresenta necessidades físicas, psicológicas e emocionais, e sociais.

Existem factores intrínsecos e extrínsecos que levam a família a cuidar da pessoa idosa em fim de vida no domicílio.

Os familiares, enquanto cuidavam da pessoa idosa no domicílio, desenvolveram sentimentos intensos, quer negativos e/ou difíceis de gerir, quer positivos e recompensadores.

Na assistência à pessoa idosa em fim de vida no domicílio, a família experienciou sobretudo necessidades de informação, orientação e apoio.

Segundo a família, os profissionais de saúde estabeleceram uma relação de ajuda com a pessoa idosa e com a família, existindo, por parte da família, um reconhecimento pelo apoio prestado pelos profissionais de saúde.

Os profissionais de saúde que acompanharam a pessoa idosa em fim de vida no domicílio, e os seus familiares, valorizaram a formação que possuíam em cuidados paliativos, o trabalho em equipa e o papel da família da pessoa idosa.

Alexandrina Rodrigues

Odete Alves*; Sónia Fernandes*; Susana Quintas*; Eva Pereira*

* Centro de Saúde da Ponte da Barca – Unidade Local de Saúde do Alto Minho

A Organização Mundial da Saúde considera a obesidade como a epidemia global do século XXI, pela elevada prevalência a nível mundial (WHO, 2004). Portugal é considerado um dos países Europeus com maior prevalência de obesidade infantil que afeta cerca de um terço das crianças portuguesas (Carvalho et al, 2011).

A elevada prevalência da obesidade infantil, o aumento da incidência, da morbilidade e mortalidade associados e os elevados custos, determinam a necessidade de projetos de intervenção em saúde para prevenir e tratar este problema.

No concelho de Ponte da Barca, através do Projeto de Intervenção na Obesidade Infantil (PIOI), efetuaram-se avaliações antropométricas em três anos letivos consecutivos aos alunos que completam os 6 anos de idade do Agrupamento de Escolas de Ponte da Barca, de2009 a2012. Os resultados evidenciaram sobrecarga ponderal próxima dos valores nacionais, 27,3%, 31,2% e 35,4%, com um aumento da prevalência da obesidade infantil ao longo dos três anos.

O PIOI tem como objetivos diminuir a prevalência da obesidade infantil em crianças que em cada ano completem seis anos e melhorar os comportamentos alimentares e de atividade física.

Este projeto fundamenta-se no Modelo Ecológico, associado ao Paradigma do Empowerment direcionado a crianças, denominado KidPower (Fontes; Ferreira, 2010), que pretende modificar o ambiente, favorecendo a adoção de estilos de vida saudáveis, capacitando a criança, pais/família e grupo a melhorar os conhecimentos em hábitos alimentares saudáveis e atividade física regular, envolvendo-os como agentes de mudança. Assim, responde com estratégias de intervenção ao nível individual, familiar, grupo e comunidade.

Após desenvolvimento das atividades previstas no projeto (oficinas de trabalho com pais, consultas individuais de nutrição e workshops de culinária saudável), os resultados mostram uma redução do score de índice de massa corporal e um aumento da adoção de comportamentos mais saudáveis no grupo alvo, contribuindo para a prevenção ou redução dos problemas de saúde relacionados com a obesidade.

Silva, Ana Júlia*; Coelho, Marília**; Rocha, Ana Paula*; Gonçalves, Paula***; Mendes, Luís*; Rodrigues, Alexandre*

*Escola Superior de Enfermagem de Angra do Heroísmo – Universidade dos Açores

**Centro de Saúde da Praia da Vitória – Unidade de Saúde de Ilha da Terceira

***Centro de Saúde de Angra do Heroísmo – Unidade de Saúde de Ilha da Terceira

 

Introdução: As Úlceras por Pressão (UPP), são um indicador da qualidade dos cuidados de enfermagem. De acordo com o Estudo de Prevalência de UPP, efectuado na Macaronésia em 2006 pelo grupo ICE (Investigação Científica em Enfermagem), é no contexto domiciliário que a sua prevalência é mais elevada.

Assim, urge que os cuidadores informais recebam formação para que estejam preparados para lidar com esta situação.

O objectivo desta actividade, do projecto ICE2 (PCT/MAC 2007-2013), é elaborar um programa de Sessões de Educação para a Saúde sobre prevenção das UPP para os cuidadores informais de utentes em risco de desenvolvê-las, a ser implementado em todas as freguesias da ilha Terceira, em três anos. Para tal foi efectuado um estudo piloto.

Metodologia: Seleccionou-se duas freguesias, uma de cada concelho, onde após a selecção dos utentes em risco de UPP se identificaram os respectivos cuidadores. Fez-se o levantamento das necessidades de formação destes, através de um questionário elaborado para o efeito. Depois de analisados os dados, de acordo com as guidelines, seleccionou-se os conteúdos adequados e planearam-se as 2 Sessões, que foram executadas e avaliadas. Nas sessões usou-se o método expositivo e demonstrativo.

Resultados: Dadas as necessidades de formação as sessões foram elaboradas em 4 blocos: alimentação, dispositivos de alívio de pressão; cuidados de higiene e à pele e posicionamentos. Estiveram presentes 23 cuidadores. A avaliação das sessões face aos conteúdos foi medida através de um questionário onde se verificou que, 85% situou-se no “completamente satisfeito”, 85% situou-se no “extremamente útil” e os conteúdos mais relevantes foram os referentes aos dispositivos de alívio de pressão.

Conclusão: A formação dos cuidadores informais reveste-se de importância para a prevenção das UPP. Estas formações deverão ser realizadas o mais precocemente possível, para que quando os cuidadores se confrontem com algumas situações estejam preparados para proceder de forma correcta.

Francisco J. Hernández-Martínez*, Juan F. Jiménez-Díaz*, M. Pino Quintana-Montesdeoca*, Bienvenida C. Rodríguez-de-Vera*, Teresa Espírito-Santo**, Rodrigo Chacón-Ferrera*, Pablo Hernández-Marrero*, Alba García-Caballero*, M. Luisa Estévez-García*, M. Ángeles Ferrera-Fernández*, Eduardo Navarro-García***

* Departamento de Enfermería – Universidad de Las Palmas de Gran Canária

** Centro de Competencias  – Universidade da Madeira

*** Universidad de La Laguna

 

Aging population is the most important phenomenon of the 21st century. The activities supporting health and universal access to older people to health services throughout the life are the cornerstone of healthy aging.

In these terms, it has shown that keeping the memory and encouraging activities performed independently by older individuals for as long as possible improves self-esteem and the quality of life of our elders.

The aim is to verify, through reading in older people, new forms of expression not used in the every-day life of the reader, exercising memory and identifying the decisive factors that affect the positive or negative adaptation of the individuals to the workshop. A reading workshop of 9 months including 26 participants – frequent users of the Health and Social Services Centre – took place. The participants of the study were assessed through the Mini-Mental State Examination, identifying variables associated with memory, concentration and calculation as well as language and construction. The participants consisted of 74% female and 36% male individuals, mean age 73.5 years. An improvement in short-term memories, variables of language and sentence construction was observed. However, the orientation and concentration hardly changed. Most seniors evaluated the time spent in the workshop as a positive way to improve their relationship with others and their social environment.

Para a Organização Mundial de Saúde, os cuidados paliativos têm como objectivo melhorar a qualidade de vida das pessoas com doença grave e/ou incurável e apoiar as suas famílias, prevenindo atempadamente o alívio do sofrimento físico e espiritual, com recurso à identificação precoce, à avaliação adequada e tratamento dos problemas biopsicossociais e espirituais presentes.

Daí que, as organizações de cuidados paliativos, de um modo geral, e o Programa Nacional de Cuidados Paliativos, no caso de Portugal, reconheçam que, devido à sua complexidade, a prática de cuidados paliativos deve apenas ser exercida por profissionais de saúde com formação específica nesta área. A este respeito, a European Association for Palliative Care (EAPC), através da sua “Task Force” em educação, definiu os níveis de formação necessários para a prática destes cuidados e os respectivos destinatários, bem como os conteúdos programáticos e a carga horária de cada um destes níveis de formação.

O grupo de alunos da pós graduação em cuidados paliativos da Escola Superior de Enfermagem de Angra do Heroísmo considerou, oportuno fazer um estudo que tem como objectivo compreender o impacto da formação pós graduada em cuidados paliativos para o exercício profissional quotidiano. Foram entrevistados 6 profissionais de saúde (5 enfermeiros e uma médica) que fizeram a pós graduação no ano 2010/2Bardin. Para a recolha de dados recorreu-se à utilização de entrevistas semi-estruturadas. Estas encontram-se em fase de análise e os resultados preliminares obtidos relativos ao contributo da formação pós-graduada em cuidados paliativos apontam para: visão mais ampla dos cuidados; cuidados que visam melhorar a qualidade de vida; inclusão da família no processo de cuidar; organização do trabalho em função do doente; tomada de decisão em equipa e refl011 e que estão na prestação dos cuidados. É um estudo qualitativo recorrendo à análise de conteúdo segundo exão pessoal e em equipa multidisciplinar.